Toda segunda-feira às 2 da tarde, escuto do terceiro andar a musiquinha da kombi de picolé que para na porta do meu prédio.

Sempre fico com vontade de pegar aquele picolé de leite ninho com recheio de brigadeiro, daqueles doces bem hardcore mesmo. Mas, aí lembro que tenho que andar um corredor que possui mais outros 7 apartamentos, descer 3 andares, ir pra portaria e entrar na fila pra comprar (sempre tem no mínimo 2 pessoas na minha frente, ou atrás de mim, quando consigo chegar antes deles). Impossível conseguir meu picolé sem ter que me esbarrar com a presença de vizinhos.

Medo de contaminação? Também, mas meu medo principal é das pessoas mesmo. Não tem N95, álcool em gel ou vacina que me proteja delas.

Prefiro inventar uma desculpa pra mim mesma que estou numa dieta (mentira, nunca entrei nessa de dieta) pra dispensar o picolé.

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